Quando se trata de mim, qual a primeira lembrança vem a sua cabeça?

Esse meme tem feito o papel de DeLorean e levado muitas pessoas de volta para o passado ao relembrarem momentos em que conheceram seus amigos e as histórias que compartilharam.

Para alguns a brincadeira é divertida, para outros um pesadelo, já que nem todo mundo foi cheio de aventuras memoráveis e sempre tem aquele parente sem noção que acaba por revelar algo realmente constrangedor e que deveria ter caído no esquecimento para todo o sempre.

Também serviu para os stalkers de plantão saberem mais sobre a vida fora das redes sociais de seus objetos de desejo e fixação ou para aquele ser curioso que tem tempo de sobra de ficar lendo os comentários na timeline alheia divertir-se às custas das talvez “desgraças” do coleguinha.

Risos e lágrimas a parte, colocando a pergunta no âmbito mercadológico, sua empresa poderia fazer a mesma pergunta aos seus clientes sem estar reticente ou temerosa das respostas?

Algumas sim e o fazem através de suas páginas no Facebook, ali em um campo específico os clientes podem atribuir estrelas aos serviços ou produtos e darem seus testemunhos sobre como conheceram e se ficaram satisfeitos com a negociação. Uma ferramenta bem útil que permite o feedback muito importante para o empreendedor e sua equipe, porém como tudo na internet deve ser utilizada com respeito e bom senso já que a exemplo do “parente sem noção” a facilidade de comunicação nesse caso pode prejudicar uma imagem construída com o suor e dedicação de muitas pessoas.

Não estou dizendo que devemos omitir um serviço mal prestado ou um produto ruim, pelo contrário, isso faz toda a diferença para definir mudança de estratégia de uma empresa e a melhoria do que não está bem.

Um determinado cliente pode não gostar da sua embalagem, da forma como foi entregue a compra e em um dia ruim xingar muito na internet, o que não podemos fazer é rebater as críticas com a mesma força bruta e vestir a roupa do parente. O diálogo respeitoso e compreensivo sempre será a melhor saída, afinal pode ser só um dia ruim mesmo e o problema nem era com a sua empresa.

O que agrava essas situações é que nem todas as empresas enxergam seus perfis em redes sociais como canal comunicação, só de divulgação e propaganda e atribuem a sua gestão a pessoas pouco adequadas para a atividade.

Não é só postar uma imagenzinha muitas vezes em baixa resolução (“inha” mesmo), escuras ou com marca d’água e com os clássicos erros ortográficos que podem detonar sua marca.

Podemos ter uma baixa conversão por ter uma página feinha, mas se alguém busca informações nela e não encontra,  faz perguntas e críticas e recebe como resposta frases grosseiras e negativas estamos enterrando nossa credibilidade junto com a capacidade de negociação e a pá de cal será a propaganda negativa que viraliza mais do que memes.

No mundo digital não basta apenas estar presente em um endereço eletrônico os clientes desejam relacionar-se com as empresas, serem cativados pelos princípios e pelo propósito e como em tudo na vida serem bem tratados, valorizados e ouvidos.

Por isso é necessário entregar ao emissário adequado a sua mensagem. O papel do bom profissional será ouvi-lo, compreendê-lo e com base nisso criar a linguagem adequada de comunicação entre sua empresa e seu consumidor. Criar os laços de respeito e lealdade que irão garantir que esse cliente voltará e trará com ele mais e mais amigos que só terão respostas positivas à pergunta:

Quando se trata de mim, qual a primeira lembrança vem a sua cabeça?